terça-feira, 2 de setembro de 2008

eu preciso saber

Eu preciso saber qual de nós não traiu.
Em que beco ou viela a esperança “caiu”,
Se no vão do caminho a ternura fugiu
Ou tombou?!

Eu preciso saber
Se do inventario do tempo o ideal desistiu,
Se do seu testamento herdou-se o covil
Ou tornamo-nos vis como quem nos combaliu,
Torturou?!

Se tu sentes saudade de quem já partiu,
Que na flor da idade não se despediu
Pra nos dar liberdade na idade da flor
Ou, como eu,
Apagaste a memória da noite de abril
E dopaste a história com medo do ardil
E sangraste de álcool, de droga e temor!?

Guilhermina,
Sei que choras como eu
Que não parei de sonhar pra viver,
Que simplesmente vivi pra sonhar
Buscando uma causa nas “batucadas da vida”,
Nos cemitérios do ego ou nas esquinas do inconsciente!!

Te encontro no Jobi, entre moelas e goles de chope.
Beijos,
Ataulfo

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