domingo, 28 de setembro de 2008

domingo cinza, que maravilha!


Domingo cinza, muita chuva, fim de setembro, pouca grana. Primavera? Frente Fria! Uma xícara de café vai melhor que chope. E o jornal. Artigo pra perder o dia... Um orgia. Festa na metrópole. Um pouco de tudo, você viu?


Caderno de esportes só pra começar: o artilheiro quer vir vereador, um luxo! Na foto, só pra ilustrar, os filhos gêmeos, um casal. Ambos têm nomes que são uma corruptela dos nomes paternos, seguidos de “Maravilha”. Isso mesmo, meu caro: seu filho, como numa fábula, se chamaria Ata Maravilha ou, se você preferisse, Ulfo ou ainda Atufon Maravilha! Ao seu inteiro gosto. Mas, deixa esporte pra lá...


Vamos do início. Política. As eleições estão próximas, o que pode ser mais importante? Pesquisa básica. Seis ou sete candidatos respondem. E as perguntas são simples. Nada de estratégias ou planejamento, que isso é coisa pra depois. Por enquanto só queremos saber se conhecem a realidade... Um pouquinho, vai. Amostra grátis. Coisas como o preço dos ônibus, do pedágio da nossa Linha Amarela. Sabe qual é, né? Aquela que une a tragédia à miséria. Um verdadeiro campo de treinamento de guerra... Mas não vamos desviar do assunto, que eleição é sempre tempo de esperança. A bandeirada do táxi. Conhece? Artigo de luxo! O reajuste do IPTU, como é que se faz? E o lixo, quem retira? Salários, categorias fundamentais – médico, professor e gari... Ataulfo!!!!!!!!!!! Eles não sabem, não conhecem, não ouviram falar. E agora?


Mas calma, falta economia. O mundo está em pânico. Impossível não saber. Alarde. Alarme. Vamos ouvir os especialistas. A frase veio de longe. Nouriel Roubini, professor de Economia da Universidade de Nova York. “...De mercado livre num capitalismo selvagem, hoje adotamos algo que se parece com o socialismo. Mas é socialismo para Wall Street e os bem conectados. Estamos privatizando os lucros e socializando as perdas”.


Por favor, meu amigo, um minuto de silêncio.


Lembrei da conversa de sexta-feira passada. Na sua ausência, sentei com Rita e dona Flores, e elas, pessoas mais risonhas que nós, mais atualizadas na arte de viver bem, descoladas no drible e na ginga, reclamaram de nossa sovinice diante das coisas boas da vida... Assim, fui passear pela revista da TV. Não tinha erro. Folhetins, sessões da tarde e temperaturas máximas... Pois bem, meu amigo, acho que vou ter que tomar umas aulas de direção com as duas “meninas”. A primeira página já anunciava que a sensação do momento é o Dodi... um canalha, mau-caráter, um scarface tupiniquim. Sucesso às 21 horas! Virei a página como se virasse a esquina. Haveria de ter um bom romance. Novela das seis, quem sabe. Entrevista com o autor. Reta final e pasme, diante das crianças e da quarta idade, platéia mais assídua do horário, ele vai enlouquecer à morte a heroína e sem saber o que fazer, vai matar o mocinho também. Tem jeito? Quem sabe amanhã, segunda-feira.


Beijo

Guilhermina



Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei muito, muito!!!