quinta-feira, 9 de outubro de 2008

andante



Às vezes me suponho penetrante

De falo ereto, peito erguido e arrogante

Um protetor, ou caçador e militante

Por minha Causa, um caixeiro viajante


Às vezes te imagino minha amante

E na entrega do teu corpo me confirmo

Assim viril, de Deus me aproximo

E no inferno reino como Dante


Às vezes te possuo como errante

Sou teu filho, teu senhor e meliante

Se me entrego, primeiro te domino


Então o real me invade como antes

E te anseio em mim um navegante

Assim me ofereço tua amante


Guilhermina

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