Sou como um navio agonizando
Entre os recifes metafísicos.
No momento sinto-me quebrando,
Naufragando nesse mar psíquico
Meus porões se encontram abarrotados
De sonetos, dramas e guerrilhas,
A bombordo sou abalroado
E da gávea, em mim, não vejo ilhas.
O meu equilíbrio, administro,
Por total noção do enlouquecer,
Sinto medo e o temor é tão sinistro...
Mas perdê-lo é pior que me perder.
Pois pensar perder-me dá pavor,
Eu detesto o mar da insanidade.
Entre o porto e o abissal da minha dor
Eu Pacifico, já sou calamidade.
No tombadilho, à noite, um cortejo
De fantasmas do meu coração
Vou naufragando, enfim, nos meus desejos
E me afogando com a tripulação.
Acho, Guilhermina, que desvario é um “medidor de felicidade”...
beijo do Ataulfo
Balanço Literário de 2015
Há 9 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário